terça-feira, 4 de outubro de 2011

A identidade cultural de um país

A identidade cultural de um país pode ser caracterizada por vários aspectos, porém os mais percebidos e importantes são respectivamente a língua (idioma predominante) e a religião (religião predominante), esses são elementos culturais que diferenciam as sociedades espalhadas pelo mundo.

A língua é o principal mecanismo de comunicação no convívio humano por possibilitar as relações afetivas e ideológicas dentro de um grupo ou fora dele. Hoje são faladas aproximadamente 3 mil línguas e 7 mil dialetos em todo planeta, mas as seis mais faladas representam um terço do total da população planetária.

Dentre as línguas mais faladas no mundo, destacam-se:


- Mandarim: língua mais falada no mundo, há aproximadamente 1 bilhão de falantes. Essa língua é natural da China, país que conta com a maior população do mundo, e é justamente por isso que a língua é a mais falada.

- Inglês: segundo idioma mais falado em número de pessoas, no entanto, é o mais aceito no mundo, hoje cerca de 508 milhões de pessoas falam a língua inglesa.

- Hindi: cerca de 487 milhões de pessoas utilizam esse idioma, que é o oficial da Índia.
Falado por 18% do contingente populacional indiano.

- Espanhol: o berço da língua é a Espanha, além da grande parte dos países da América Latina, somando toda a população dos países que têm o idioma como oficial, totalizam aproximadamente 417 milhões de pessoas.

- Bengali: esse idioma é falado no território indiano, no entanto, não se enquadra como língua oficial, apesar disso cerca de 211 milhões de pessoas a utilizam.

- Português: o berço da língua portuguesa é Portugal, porém é mais falado no Brasil, onde a população atinge a marca de aproximadamente 180 milhões de pessoas. No mundo cerca de 191 milhões de pessoas falam o português.

Como foi apresentado, o Mandarim é a língua mais utilizada, porém só é difundido na China, país mais populoso do mundo. Mas a língua que possui maior destaque é o inglês, pois é bastante difundido nos veículos de comunicação de escala internacional (revistas, jornais, filmes, músicas e internet).

A religião desenvolve também as características de um povo, pois através dela é possível que um povo apresente sua fé, sua crença e seus costumes. Dentre todas as religiões praticadas no mundo, as que possuem maior número de seguidores são: cristianismo, com 2 bilhões de seguidores; islamismo, com 1,2 bilhão; hinduísmo, com 811 milhões; e o budismo, com 360 milhões de pessoas.

Fonte: http://www.brasilescola.com/geografia/identidade-cultural-lingua-religiao.htm. Criado em 04/10/2011


A identidade cultural é um sistema de representação das relações entre indivíduos e grupos, que envolve o compartilhamento de patrimônios comuns como a língua, a religião, as artes, o trabalho, os esportes, as festas, entre outros. É um processo dinâmico, de construção continuada, que se alimenta de várias fontes no tempo e no espaço.
Como conseqüência do processo de globalização, as identidades culturais não apresentam hoje contornos nítidos e estão inseridas numa dinâmica cultural fluida e móvel.
A globalização é uma nova e intensa configuração do globo, a resultante do novo ciclo de expansão do capitalismo não apenas como modo de produção mas como processo civilizatório de alcance mundial, abrangendo a totalidade do planeta de forma complexa e contraditória. O Estado-nação, símbolo da modernidade, entra em declínio. Como conseqüência, os mapas culturais já não coincidem com as fronteiras nacionais, fato acelerado pela intensificação das redes de comunicação que atingem os sujeitos de forma direta ou indireta. Grandes conceitos que informavam a construção das identidades culturais, como nação, território, povo, comunidade, entre outros, e que lhe davam substância, perderam vigor em favor de conceitos mais flexíveis, relacionais. Segundo Teixeira Coelho, as identidades, que eram achadas ou outorgadas, passaram a ser construídas. As identidades, que eram definitivas, tornaram-se temporáriasi. A diversidade cultural que o mundo apresenta hoje, as múltiplas e flutuantes identidades em processo contínuo de construção, a defesa do fragmentário, das parcialidades e das diferenças, trouxeram, como corolário, uma volatilidade das identidades que se inscrevem em uma outra lógica: da lógica da identidade para a lógica da identificação. Da estabilidade e segurança garantidas pelas identidades rígidas, à impermanência, mutabilidade e fluidez da identificação. Não é mais possível fechar em torno de uma só questão as referências da prática individual e coletiva, e as dimensões em que se situam, constantemente superpõem-se em vários estratos vacilantes, ressalta Tício Escobarii.
O que se impõe hoje, a partir da noção contingente, contextualizada e relacional da identidade, é garantir que a multiplicidade e a diversidade sejam preservadas, que a cultura, como uma longa conversa entre partes distintas, permita que convivam sujeitos dos mais diferentes matizes. Em vez disso, quando a cultura local parece esgarçar-se como conseqüência da globalização, a afirmação de identidades duras parece funcionar, para muitos sujeitos, como elemento apaziguador que busca deter e solidificar a fluidez característica da época atual. Verificam-se, então, manifestações extremadas, em que nacionalismos, fundamentalismos, xenofobias, preconceitos, são ressuscitados e lutas sem fim são travadas em nome da preservação de identidades.
Por outro lado, a defesa da preservação de identidades rígidas, muitas vezes, colide com valores tidos como universais e estabelecidos, que ferem a dignidade humana, como a subordinação da mulher em diferentes culturas, a circuncisão feminina, o cerceamento da liberdade individual, entre outros. O que se aponta aqui é o conflito entre a proteção de identidades e culturas locais e os direitos humanos universais, questão que contrapõe universalistas e relativistas culturais.
A diversidade cultural e as expressões dessa diversidade devem ser buscadas e garantidas, tendo como norte o fato de que a cultura é sempre dinâmica, móvel. Preservar o diverso ante o impacto avassalador de um mundo globalizado, citando novamente Tício Escobar, é um grande desafio que devemos enfrentar.

Fonte: http://www.esmpu.gov.br/dicionario/tiki-index.php?page=Identidade+cultural.Criado em: 05/10/2011

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